Dor no coração.

Aprendemos a conviver com uma casa nova, um cabelo novo, um celular... ou até mesmo, com uma cicatriz nova. Mas porque será que não conseguimos conviver com alguma traição, uma promessa quebrada... uma dor no coração?  Podemos sorrir, dizer que está tudo bem... mas nada si compara, à uma frase vinda daquele que você ama tanto, pedindo desculpas, ou dizendo que o erro não vai mais si repetir, mas enquanto isso... Cabe a mim, olhar na janela a chuva cair, relembrando de todos os momentos verdadeiros que tivemos, das nossas gargalhadas, dos momentos que planejávamos ter para o futuro, e até mesmo, das coisas que pensei fazer no momento... mas a lembrança da promessa quebrada me veio como o trovão que caia ao mesmo tempo em que pensava... Claro, devastador, poderoso. E eu, como uma arvore atingida, tive as folhas que me faziam respirar queimadas, o caule que me sustentava caído, e imitando a chuva, me pus a derramar um liquido, que parecia ser tão leve mas ao mesmo tempo tão pesado, um liquido aparentemente incolor, que acabara de expressar tantas coisas, tantos desejos... tantas cores. E de volta a realidade, enxugo as minhas lágrimas, e tento me acostumar, a acomodar-me a uma dor, que até então, se permanece incessante, que me faz pensar loucuras, me faz querer dizer coisas que nunca disse antes, me faz querer ir aos teus braços, mas a minha razão me trás de volta de onde eu nunca deveria ter saído, que é de mim mesma. Enquanto a dor me corrói, me faço de forte, de inabalável, e digo que está bem quando dentro de mim, há uma tempestade de raios, trovões, tempestades, que me invadem há todo instante, mas insisto em enxugar minhas lágrimas, mesmo sabendo, que só você pode acalmar todas as minhas tempestades, e acabar com minhas lágrimas. Mas você não está aqui no momento, então... continuo a olhar a chuva cair pela janela, e tento conviver com uma dor que é impossível de si conviver... a dor do Coração.

Por: Vivian Beatriz